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Profissional especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Sérgio Nunes e sua empresa QualiFis, pretendem desenvolver junto aos seus alunos e clientes a ideia da verdadeira Saúde, que obviamente não é apenas a ausência de doença, mas também o Encantamento com a Vida, dotando-os de um entendimento adequado de se Priorizar, de compreender que vale a pena Investir no seu Potencial de Ser, através do investimento na melhoria da Qualidade de Vida, aprimorando a saúde e usando como meio, a Atividade Física, em suas mais diferentes possibilidades.

“As informações, dicas e sugestões contidas nesse blog têm caráter meramente informativo, e não substituem o aconselhamento individual e o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física.”

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terça-feira, 12 de abril de 2011

A "EVOLUÇÃO" DA DIETA HUMANA




Durante milhões de anos, o ser humano sempre soube se alimentar, procurando intuitivamente os alimentos de forma adequada. Diversas linhas de pesquisa argumentam que a prevalência de muitas doenças crônicas nas sociedades modernas, entre elas a obesidade, a hipertensão, doenças coronarianas e diabetes, seria o resultado da incompatibilidade entre padrões dietéticos modernos e o tipo de dieta que nossa espécie desenvolveu para se alimentar como caçadores-coletores pré-históricos. 
Os aspectos alimentares influenciaram fortemente nossos ancentrais hominídeos tanto no aspecto físico, como no social. A expansão do nosso cérebro (três vezes maior que o esperado para outros primatas), por exemplo, quase que certamente não teria ocorrido se os hominídeos não tivessem adotado uma dieta suficientemente rica em calorias e nutrientes. Até mesmo a locomoção sobre as duas pernas (bipedalismo) pode ter emergido – dentre outras hipóteses – como uma postura de alimentação, por ter permitido o acesso a alimentos que antes estavam fora de alcance. Sabe-se que o último ancentral comum dos humanos e dos chimpanzés (nosso parente vivo mais próximo) era um quadrúpede. 

Conforme a teoria evolutiva corrente, por volta de 6 e 7 milhões de anos atrás, viveu nas florestas africanas um antepassado do homem do tamanho de um chimpanzé, que passava a maior parte do tempo nas árvores, em busca de seu alimento (frutas e folhas). Mas eventualmente descia ao solo. A presença de grandes molares e de pequenos caninos sugere que esses hominídeos tinham uma dieta baseada em vegetais, mas podemos supor que, eventualmente, insetos e pequenos vertebrados também fizessem parte de sua alimentação. 
Após alguns milhões de anos, o continente africano foi tornando-se mais árido, transformando as florestas em pastos e savanas, o que deixou os recursos alimentares distribuídos mais irregularmente.
Com isso, observa-se o início da caça de animais selvagens, pois a disseminação de pastos também resultou em um aumento na abundância relativa de mamíferos, como o antílope e a gazela, iniciando a era do homem coletor e caçador. No início, nossos antepassados tiveram grandes dificuldades, pois não estavam adaptados à caça. Portanto, eventualmente, quando encontrava um animal doente ou já morto, ele consumia a carne com voracidade. 
Sem dúvida, a ingestão de mais alimentos de origem animal foi uma forma de aumentar a densidade calórica e nutricional, uma mudança que parece ter sido crítica na evolução da raça humana. Neste período, estima-se que em torno de 60% do total de calorias da dieta eram provenientes de alimentos fonte de proteínas. 
Um valor como este pode assustar muitos profissionais da área de nutrição, visto que hoje se recomenda entre 10 e 15% das calorias totais provenientes de alimentos protéicos. Se uma ingestão acima das atuais diretrizes fosse realmente tão maléfica como pregam muitos, nós não estaríamos aqui para contar esta história, pois já teríamos padecido há milhões de anos. 
Os alimentos do homem caçador e coletor tiveram como base a carne, frutos e oleaginosas. Com o passar dos anos foram surgindo adaptações para facilitar a caça, pois as condições em que a evolução humana se deu permitiram que o homem desenvolvesse sua inteligência para compensar seus desvantajosos atributos físicos. Pedras lascadas para compensar a falta de garras e presas; lanças para compensar a pouca velocidade; além de estratégias e emboscadas para compensar a falta de resistência. A carne nos acompanhou grande parte desse tempo, seja da carcaça abatida por outros animais, ou muitas vezes, a única opção para não se morrer de fome era comer a carne de outros próprios humanos. 

Neste período, era freqüente o homem passar um ou mais dias seguindo e caçando animais e isso em passo acelerado ou correndo.
Depois ele levava a caça até sua caverna – provavelmente carregando nas costas – a passos também relativamente rápidos. Mesmo quando não estava à procura de alimento, abrigo ou segurança, o homem pré-histórico era fisicamente ativo. Ele apreciava o exercício. Era parte de sua vida social, religiosa e cultural. 
Cerca de 1,8 milhões de anos atrás, parte dos hominídeos começaram a deixar a África, aventurando-se pelo mundo até então desconhecido. Este período coincide com o início da utilização do fogo para cozinhar os alimentos. A cocção não só faz com que os vegetais fiquem mais macios e fáceis de mastigar, como aumenta substancialmente o conteúdo energético disponível, particularmente em tubérculos feculosos como a batata e a mandioca. Quando crus, as féculas não são imediatamente quebradas pelas enzimas do corpo humano. Quando aquecidos, porém, esses carboidratos complexos tornam-se mais digeríveis, liberando mais calorias. 
Com o início da agricultura, há cerca de seis a sete mil anos, o homem agricultor passou a ter a segurança de saber que, se cuidasse da sua plantação, teria alimento para o ano inteiro. O cultivo de vegetais também permitia o sustento da família sem a necessidade de grandes deslocamentos. Permitia a fixação a terra e o sustento de um núcleo populacional maior em menor área. Mas isto não tornou o homem exclusivamente vegetariano, pois a criação de animais concentrou-se nas terras menos propícias ao cultivo. 
Com a agricultura, ocorreu um acréscimo substancioso da oferta de carboidratos que está possivelmente, dentre outros benefícios, associado ao desenvolvimento da reflexão (pensamento), resultando no acréscimo do acervo cultural. Por outro lado, alguns efeitos colaterais ocorreram, tais como a obesidade, hipertensão arterial, diabetes, doenças psicossomáticas e a hipercolesterolemia - doenças inexistentes no homem pré-histórico ou entre qualquer outro mamífero terrestre não domesticado.
Há cerca de 20 mil anos, para preencher suas necessidades energéticas, o homem pré-histórico sonhava encontrar frutas doces e carne animal. No entanto, obter comida naquela época não era fácil e exigia, além de sorte, um grande desgaste: percorrer longas distâncias, subir em árvores, etc. Quando alguém caçava um animal de maior porte, comiam todos parcimoniosamente até não poder mais, pois carne estraga rápido, e não se sabia quando teriam sucesso de novo na caça. Nesses dias de sorte, muito provavelmente, nossos ancestrais passavam o restante do dia economizando energia sem fazer nada, exceto quando era necessário correr atrás de mais comida ou fugir de algum predador. 
Fica claro, portanto, que aqueles dotados de organismos capazes de acumular gordura de maneira mais eficaz, sobreviveram a essa fase do período evolutivo e os que não tinham tal capacidade padeceram. Quando nos sentamos à mesa, existe em nosso subconsciente um peso de aproximadamente 3,6 milhões de anos de evolução e luta pela vida na Terra. Porém, para uma parcela privilegiada da população, não existe mais escassez de alimentos, obrigando-os a tentar controlar a ação dos nossos genes que insistem em nos fazer comer até ficarmos totalmente saciados e armazenar energia quase ilimitadamente, além de tirar um bom cochilo após a refeição. Existem ainda evidências crescentes de que a fisiologia humana é configurada de forma mais eficiente para lidar com a minimização de potenciais conseqüências negativas da baixa ingestão calórica (fome) que com as conseqüências negativas do excesso de calorias. 
Considerando a alimentação da civilização moderna, durante muito tempo, nós mantivemos grande parte dos hábitos alimentares adequados, sendo que somente nos últimos 150 anos, o avanço tecnológico vem modificando a relação humana com o meio ambiente. Ou seja, nossa alimentação vem piorando muito.
As tendências de transição nutricional ocorridas principalmente no século passado em diferentes regiões do mundo convergem para uma dieta mais rica em gorduras (particularmente as de origem animal), açúcares e alimentos refinados; ao mesmo tempo em que essa dieta é (infelizmente) reduzida em fibras, carboidratos complexos e alimentos funcionais. 
Comidas práticas, saborosas, riquíssimas em carboidratos e com teores elevados de aditivos químicos, vêm tomando conta das prateleiras dos supermercados, enquanto alimentos integrais ou orgânicos ficam escondidos nos cantos das gôndolas. Em paralelo, a demanda energética da vida moderna tem caído drasticamente, devido a um estilo de vida mais sedentário. Estima-se que o gasto energético total do homem moderno sedentário seja o equivalente a 68% do gasto energético total do homem na idade da pedra. Até mesmo nossos avós “queimavam” entre 300 e 400 calorias a mais que nós. Não precisamos nos movimentar tanto quando há esteiras e escadas rolantes, carros, aviões e supermercados, sem falar na internet e no telefone. 
O resultado disso tudo é o aumento na prevalência de várias doenças, incluindo a obesidade. Sabe-se que aproximadamente 70% das doenças cardiovasculares estão diretamente ligadas à obesidade. 
Nós somos vítimas do nosso próprio sucesso evolutivo, desenvolvendo uma dieta calórica concentrada, mas minimizando a quantidade de energia de manutenção despendida em atividade física. Até mesmo o desenvolvimento de suplementos nutricionais, que substituem refeições, é uma continuação da tendência iniciada por nossos ancestrais: obter o máximo de retorno nutricional, no menor volume e com maior praticidade. 
Se encontrarmos um membro dos Kung ou dos Nanamiut (povos que ainda vivem em condições naturais), veremos imediatamente que eles são magros, saudáveis e atléticos.

Agora, ao olharmos para a maioria dos habitantes de qualquer cidade de qualquer país industrializado, a diferença é óbvia. 
Nosso organismo não mudou muito desde os tempos pré-históricos. Em termos de dieta e exercício, a evolução não acompanhou nossos modernos estilos de vida. Nosso corpo precisa de exercício e uma boa alimentação para permanecer saudável e prevenir doenças. Evoluímos para nos movimentar, mas nossa sociedade nos condicionou a ficar parados e se alimentar erroneamente. O exercício e uma ótima nutrição devem ser incorporados à vida cotidiana para que se pareçam completamente naturais, pois é isso que eles são. 

Além da atenção à alimentação, vale lembrar que para ter a saúde em dia, manter um ritmo de atividades físicas é fundamental. Estudos já comprovaram que a execução de exercícios e/ou prática de esportes são capazes de prevenir diversas doenças cardíacas, derrame cerebral... além de reduz o risco de desenvolver diabetes, obesidade e hipertensão arterial.

Hipócrates, o pai da medicina, observou, há 2500 anos, que as doenças originam-se da natureza e podem ser evitadas quando se estabelece um equilíbrio entre o meio ambiente, os alimentos ingeridos e o espírito.  Portanto, é sempre tempo de refletirmos sobre seu principal ensinamento - "o alimento é o nosso melhor remédio".

Fonte: Rodolfo Anthero de Noronha Peres (Nutricionista esportivo)

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